sexta-feira, 19 de abril de 2013

Ministério da Defesa recebe ufólogos para tratar de documentos sobre OVNIs






Brasília, 18/04/2013 – Membros da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e representantes das Forças Armadas reuniram-se na tarde desta quinta-feira, no Ministério da Defesa (MD), para tratar do acesso a documentos militares que tratam de relatos envolvendo Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs).


O encontro foi o desdobramento de uma reunião ocorrida no início do mês, quando o ministério debateu procedimentos administrativos para responder a requisição de informações feitas por mais de 30 conferencistas do Brasil no IV Fórum Mundial de Ufologia.

Na ocasião, determinou-se que todos os documentos sob responsabilidade da Marinha, do Exército e da Aeronáutica relacionados ao assunto fossem tornados públicos, como estabelece a Lei de Acesso à Informação (LAI).

Durante a reunião desta quinta, os pesquisadores relataram as dificuldades encontradas para acessar documentos classificados como secretos e ultrassecretos. “Existem muitas questões sem resposta em casos famosos como o de Varginha, o da Corveta Mearim e da Ilha de Trindade”, disse Ademar Geavaerd, editor da revista UFO.

O secretário de Coordenação e Organização Institucional do Ministério, Ari Matos, afirmou que as informações que ainda não se tornaram públicas são exceções. “A regra geral é disponibilizar todos os documentos. Alguns casos ainda têm que obedecer ao prazo legal, mas isso é uma questão que em breve será solucionada”, completou.

Segundo o diretor do Departamento de Organização e Legislação do MD, Adriano Portella, a Defesa tem feito todo o esforço para cumprir os prazos estabelecidos pela LAI no que diz respeito à desclassificação e publicação dos documentos. “A lei determina o prazo de dois anos, a partir de sua promulgação, para a revisão das informações classificadas como secretas e ultrassecretas”, explicou Portella. “Esse trabalho já está sendo feito, e os documentos serão desclassificados dentro do prazo legal”.

Na avaliação de Ari Matos, o resultado mais importante do encontro foi estabelecer uma relação de parceria com os ufólogos.  “A LAI abriu a possibilidade de o grande público acessar diversas informações produzidas pelo governo. É preciso criar um caminho regular de contato que atenda aos interesses da comunidade de ufólogos e da sociedade”, disse o secretário.

Ao final do encontro, os ufólogos comemoraram a iniciativa. “Essa é uma data que vai entrar para a história da Ufologia”, disse Fernando Aragão, da revista UFO. “É a primeira vez que o Ministério da Defesa de um país chama ufólogos para conversar formalmente sobre discos voadores”, celebrou. “Estamos otimistas com a porta que nos foi aberta e esperamos avançar nas discussões”, disse Aragão.


VEJA OS COMENTÁRIOS DE THIAGO TICCHETTI





O que ocorreu ontem, dia 18 de abril, ficará para sempre na história da ufologia nacional e mundial. Pela primeira vez um ministério de defesa reuniu de uma só vez todas as forças armadas para um encontro com ufólogos. Isso jamais ocorreu, em nenhum tempo, em nenhum outro país do mundo! Só isso já é um enorme motivo para comemoração e reconhecimento do trabalho feito pela ufologia brasileira.


Ao chegarmos ao ministério nos identificamos na portaria. Logo que entramos já fomos recebidos pelo coronel Spingler (não sei se escrevi certo o nome) que nos levou até a SECRETARIA DE COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL (SEORI), onde fomos apresentados ao Sr. Madruga, organizador da reunião dentro do MD.
Nos conduziram até uma sala de reuniões, com paredes a prova de som, no 5º andar... Lá chegando já havia três oficiais das três forças. Um major da Aeronáutica, representando o COMDABRA (COMANDO DE DEFESA AEROESPACIAL BRASILEIRO), um capitão-de-fragata representando a Marinha e um tenente-coronel representando o Exército. De repente começaram a chegar mais oficias das forças armadas, entre eles o major Herbert, que esteve palestrando no I UFOZ ano passado.

Quando pensávamos que a reunião seria somente com os oficiais, eles de um lado da mesa, e nós de outro, eis que chega o Sr. Ari Matos, simplesmente o chefe da SEORI, isto é, chefe do Sr. Madruga! Junto com ele veio o Sr. Portela, diretor do DEPARTAMENTO DE COORDENAÇÃO ORGANIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO (DEORG). Percebi que não seria apenas uma mera reunião, o negócio estava ficando mais importante do que eu poderia imaginar. Com o começo da reunião, percebemos que o pessoal do MD (todos civis) não estavam ali para brincadeira ou com desdém, muito pelo contrário, estavam levando a reunião com uma seriedade inacreditável. Mostra disso ocorreu quando a palavra foi dada ao representante do exército. Antes vou abrir um parênteses para o representante da Marinha que disse não tem mais informações do que as que já foram disponibilizadas no Arquivo Nacional e para o da Aeronáutica que afirmou o mesmo. Este, entretanto, afirmou que todos os dias praticamente recebem algum relato que são copilados e disponibilizados no final do ano de uma vez. Vejam e guardem isso: são copilados e enviados para o Arquivo Nacional no final do ano. NÃO SÃO INVESTIGADOS! Mas retornando ao representante do Exército, ele disse que estava ali como ouvinte pois tinha sido avisado em cima da hora sobre a reunião e não teve tempo de se preparar. Neste momento o Sr. Ari, com certa irritação disse, “você não estava sabendo! Seu ministro já sabia disso há semanas!”. Eu fiquei boquiaberto. Sou filho de militar e não tem coisa mais irritante e humilhante para um militar do que ser repreendido na frente de outras pessoas, civis, por um civil! O Sr. Ari nos pediu desculpas e afirmou que o Exército ficaria nos devendo as informações.

À medida que a reunião progredia, o GevaEerd, Petit e o Fernando Ramalho relatavam os casos Varginha, Ilha de Trindade, Operação Prato como exemplo de informações que tínhamos, mas que as forças, principalmente o Exército e Marinha não divulgavam. Quando falamos sobre Varginha, o tenente-coronel do Exército (que era um cientista, chefe de um órgão de pesquisa científica do Exército), força a qual tínhamos vários questionamentos a fazer, arregalava os olhos (ele era descendente de japonês). Pareceu-nos claro que nenhum deles tinha conhecimento do tamanho do negócio que estava ali na sua frente.

O que nós propomos foi a criação de uma comissão conjunta, composta de ufólogos e militares, para a pesquisa e análise dos relatos de avistamento.

Ao final da reunião, o Sr. Ari afirmou que aquela reunião e o assunto eram de suma importância para o Governo. Que levaria tudo aquilo que foi dito ao Ministro da Defesa e que era de ordem do ministro e da presidente que nenhuma informação seja mantida sob sigilo, a não ser aquelas que poderiam colocar em risco a soberania nacional, mas que estas seriam a exceção da exceção. O Sr. Ari também se prontificou a criar um canal direto de comunicação entre os ufólogos e o MD, e ele deixou bem claro que o Ministério da Defesa SÃO AS FORÇAS ARMADAS TAMBÉM. Ele não disse que será através da criação de um grupo, comissão ou órgão ligado diretamente ao MD, mas que buscaria soluções que seriam apresentadas a CBU para que JUNTOS acordassem a melhor das propostas.

Após 1h15 de reunião ela foi encerrada e nós ficamos batendo papo com alguns militares. Lembram quando eu escrevi são copilados e enviados para o Arquivo Nacional no final do ano. NÃO SÃO INVESTIGADOS? Pois bem, perguntei ao coronel Spingler se todos os relatos recebidos pela FAB são investigados. Quando ele tentou contornar a situação eu fui mais enfático: “Vamos lá, os casos relatados por pilotos militares ou civis, eles são investigados?” Para a minha surpresa (ou nem tanto), ele disse que não. Ele disse que apenas quando há risco de uma quase colisão ou risco ao tráfego aéreo é que são investigadas. Imaginem só, quer dizer então que se um UFO, nítido, em plena luz do dia fica a 300 metros de um avião, mas que não lhe causa risco, não é investigado?! Quer dizer então que se um avião-espião de algum outra país entre no nosso espaço aéreo, mas que não causa risco a nenhum avião, não será investigado?! Oras, cadê a nossa defesa do espaço aéreo?
O coronel reafirmou que os únicos casos que a Aeronáutica poderia nos fornecer eram “blimps” nos radares, pois tudo já havia sido divulgado e liberado. Obviamente que ninguém engoliu nada disso.

Mas bem, fizemos história! Demos um passo fantástico para, quem sabe, se crie uma cooperação civil-militar para a investigação ufológica. Só por termos sido recebidos, ouvidos e debatido com militares, da Marinha, Exército e Aeronáutica, dentro de um ministério de defesa, é algo único e um marco memorável.


VIVA A UFOLOGIA NACIONAL!!!

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